Filme "Os Homens Que Encaravam Cabras"

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Ficha técnica:
título original:The Men  Who Stare at Goats  
gênero:Comédia  
duração:01 hs 34 min  
ano de lançamento:2009  
site oficial:http://www.themenwhostareatgoatsmovie.com
estúdio:BBC Films /  Smoke House / Westgate Flm Services / Winchester Capital Partners  
distribuidora:Overture  Films (EUA) / Columbia Pictures do Brasil  
direção: Grant Heslov  
roteiro:Pete Straughan,  baseado em livro de Jim Ronson  
produção:Grant Heslov,  George Clooney e Paul Lister  
música:Rolfe Kent  
fotografia:Robert  Elswit  
direção de arte:Peter  Borck  
figurino:Louise Frogley  
edição:Tatiana S.  Riegel  
efeitos especiais:CIS  Hollywood / Hirota Paint Industries

Sinopse:
Recém separado da mulher, o jornalista Bob Wilton (Ewan McGregor) procura no Kuwait uma boa história para contar. Enquanto espera autorização para entrar no Iraque, ele conhece Lyn Cassady (George Clooney), figura misteriosa que afirma pertencer a uma unidade especial do exército dos EUA. Segundo Cassady, o Exército da Nova Era está mudando a maneira como se lutam as guerras. Uma legião de “Monges Guerreiros”, com incríveis poderes paranormais, consegue ler a mente do inimigo, atravessar paredes e até mesmo matar uma cabra com um simples olhar. Como o criador do programa, Bill Django (Jeff Bridges), desapareceu, a missão de Cassady é encontrá-lo.
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Elenco:
George Clooney   (Lyn Cassady)  
Ewan McGregor (Bob Wilton)  
Jeff Bridges   (Bill Django)  
Kevin Spacey (Larry Hooper)  
Stephan Lang (General Dean Hopgood)  
Robert Patrick (Todd Nixon)  
Waleed Zuaiter (Mahmud Daash)  
Stephen Root (Gus Lacey)  
Glenn Morshower (Major Holtz)  
Nick Offerman (Scotty Mercer)  
Tim Griffin (Tim Kootz)  
Rebecca Mader (Debora Wilton)  
Jacob Browne (Tenente Boone)  
Todd La Tourrette (Dave)  
Brad Gunberg (Ron)  
Elsa Villafane (Mãe de Gus)

De 11 a 17 de junho
Horários: segunda a sexta-feria às 20h30min
             sábados, domingos e feriados às 16h e às 20h30min
Local: Cine Com-Tour.
Endereço: Av Tiradentes, 1241 (Shoppinh Com-Tour), Pq Alvorada - Londrina.
Tel: (43) 3347-8639 - das 14h às 18h.
Ingressos: R$ 10,00 e R$ 5,00

*Estacionamento gratuito - 3 horas.

Filme "A Fita Branca"

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Ficha técnica:

Título original: Das Weisse Band - Eine Deutsche Kindergeschichte
Gênero: Drama
Classificação: 16 anos
Duração: 02 hs 24 min
Audio: alemão
Legenda: português
Ano de lançamento: 2009
Site oficial: http://www.lerubanblanc.com/
Estúdio: Wega Film / X-Filme Creative Pool / Lucky Red / Les Films du Losange / Austrian Film Institute / Mini-Traité Franco-Canadien / Medienboard Berlin-Brandenburg / Mitteldeutsche Medienförderung / German Federal Film Board / Deutsche Filmförderfonds / Vien
Distribuidora: Sony Pictures Classics / Imovision
Direção: Michael Haneke
Roteiro: Michael Haneke
Produção: Stefan Arndt, Veit Heiduschka, Michael Katz, Margaret Ménégoz e Andrea Occhipinti
Fotografia: Christian Berger
Direção de arte: Anja Müller
Figurino: Moidele Bickel
Edição: Monika Willi
Efeitos especiais: LISTO Videofilm


SINOPSE:
1913. Em um vilarejo no norte da Alemanha vivem as crianças e adolescentes de um coral, dirigido por um professor primário (Christian Friedel). O estranho acidente com o médico (Rainer Bock), cujo cavalo tropeça em um arame afiado, faz com que uma busca pelo responsável seja realizada. Logo outros estranhos eventos ocorrem, levantando um clima de desconfiança geral.

 

ELENCO: 
Susanne Lothar (Esposa)
Ulrich Tukur (Barão)
Burghart Klaubner (Pastor)
Josef Bierbichler (Camareiro)
Marisa Growaldt (Fazendeira)
Christian Friedel (Professor)
Leonie Benesch (Eva)
Ursina Landi (Baronesa Marie-Luise)
Steffi Kühnert (Anna)
Gabriela Maria Schmeide (Emma)
Rainer Bock (Médico)
Maria-Victoria Dragus (Klara)
Leonard Proxauf (Martin)
Janina Fautz (Erna)
Michael Kranz (Hauslehrer)
Levin Henning (Adolf)
Thibault Sérié (Gustav)
Enno Trebs (Georg)
Theo Trebs (Ferdinand)
Sebastian Hülk (Max)
Kai-Peter Malina (Karl)
Aaron Denkel (Kurti)
Anne-Kathrin Gummich (Mãe de Eva)
Detlev Buck (Pai de Eva)
Ernst Jacobi (Narrador)
Birgit Minichmayr (Frieda)


PRÊMIOS:

OSCAR
Indicações
Melhor Filme Estrangeiro
Melhor Fotografia

GLOBO DE OURO
Ganhou
Melhor Filme Estrangeiro

BAFTA
Indicação
Melhor Filme Estrangeiro

FESTIVAL DE CANNES
Ganhou
Palma de Ouro
Prêmio FIPRESCI

FESTIVAL DE SAN SEBASTIÁN
Ganhou
Prêmio FIPRESCI

Dias: de segunda à quarta-feira, 31, 1 e 2, às 20:30 horas.
         quinta-feira, 3 de junho, às 16:00 horas e às 20:30 horas.
Local: Cine Com-Tour.
Endereço: Av Tiradentes, 1241 (Shoppinh Com-Tour) - Londrina.
Ingressos: R$ 10,00 e R$ 5,00

*Estacionamento gratuito - 3 horas.

"Documentário de Novos Olhares"

Dois olhares e um ponto em comum: a visão do jovem realizador sobre os temas documentais. Da contemplação à motivação subjetiva, "Pastoreio", de Alexandre Garcia, e "Agosto", de Guilherme Artigas e Marc Jacobs, carregam em si as marcas de um olhar que combina o frescor das novas realizações ao desejo de subversão das formas documentais.

Antes da experimentação pura e simples, ou da contestação direta e antagônica, a subversão provocada pelos filmes exibidos no 2° encontro do CineDocumenta mostra o resultado de um processo de compreensão de um documentarismo contemporâneo já marcado pela contestação formal e da aproximação das preocupações particulares e subjetivas em relação ao pensamento sobre o fazer documentário.

Em "Pastoreio", Alexandre Garcia volta o olhar à cidade de Curitiba em busca de um objeto insólito aos olhos de boa parte de sua própria população. A criação de ovelhas no Parque Barigüi e o inusitado trabalho de manutenção dessa criação no meio do centro urbano é o tema abordado através de uma aproximação igualmente insólita. Garcia recusa o tradicional recurso à entrevista e mesmo à informação documental para entregar-se ao trabalho de contemplação do objeto em suas pequenas tarefas cotidianas. Mas a negação da informação não se transforma em observação pura e simples, marca do cinema direto ou observacional tornado tradicional já nos anos 60: sutilmente, o diretor revela o cuidado estético de cada enquadramento e, em especial, o cuidado semântico que pensa cada movimento e sua duração, cada fala e ruído, como parte da construção de uma observação que é parte objeto visto e parte observador imposto. Sem imprimir necessariamente uma marca subjetiva intensa ao produto final, o realizador não se esconde, ao mesmo tempo, sob o olhar objetivo, mas deixa que objeto e discurso de contaminem: o que é visto e a forma de contar o que é visto se misturam.

Um processo semelhante de mistura entre o respeito ao objeto e a recusa em se render ao objetivismo pode ser encontrada em "Agosto", realização de Guilherme Artigas e Marc Jacobs. O histórico confronto entre militares e professores em agosto de 1968 em frente ao Palácio Iguaçu é revisitado sob um viés contemporâneo. Deixando de lado as questões tradicionais sobre fatos, nomes e responsabilidades, os realizadores buscam os personagens envolvidos no confronto na tentativa de refletir sobre o que enxergam como uma simetria de classes peculiar ao confronto. Militares e professores, vistos como classes trabalhadoras em pé de igualdade no que diz respeito às reivindicações e condições de vida, encontram-se em lados opostos no confronto. Como vê hoje esse momento o personagem que estampa as fotos históricas dos jornais da época? Como perceber a sua participação na história de forma pessoal e particular? Preocupações pessoais semelhantes e mesmo laços de família unem professores e militares entrevistados. Na condução da forma do filme, os realizadores evitam a recontação da história, negando-se a mais uma investigação informacional e envolvendo-se na visada subjetiva da história. Aqui, a forma tradicional do documentarismo apoiado em entrevistas e imagens de arquivo se vê transoformada pela carga subjetiva dada pelas escolhas de direção: pequenos e grandes personagens olham para suas imagens não como personagens históricos, mas, assim como ocorre aos próprios realizadores de documentários, como indivíduos carreagados de motivos pessoais e visões particulares sobre suas participações na grande história.

Com um pé na tradição documental e outro nas preocupações do cinema contemporâneo, o conhecimento histórico formado e a leveza das novas proposições se encontram no CineDocumenta, em busca de reflexões sobre o cinema documentário que façam uma operação semelhante à realizada pelos dois filmes selecionados: a mescla entre compreensão histórica e desobediência criativa do documentarismo.


PASTOREIO (2009, 17 min) Alexandre R. Garcia
AGOSTO (2009, 35 min) Guilherme Artigas

Dia: 27 de maio, quinta-feira às 20 horas.
Local: Sala de Espetáculos SESC Londrina.
Endereço: Av Fernando de Noronha, 264, Centro-Londrina.
Tel: (43) 3378-7800.
Entrada grátis - lugares limitados

Mostra Satyajit Ray - A Trilogia de Apu

O cinema indiano, marcado por sensibilidades e realismos, deve muito de sua história a Satyajit Ray, cineasta responsável pela Trilogia de Apu: "A Canção da Estrada" (1955), "O Invencível" (1956), e "O Mundo de Apu" (1959). O diretor baseou-se no romance "Aparajito", de Bibhutibhushan Bandopadhyay para contar a história de Apu, personagem que aparece em diferentes fases da vida ao longo dos três filmes, retratado com a beleza e a crueza do estilo inspirado no neo-realismo italiano e na nouvelle vague francesa, acompanhado da trilha sonora original composta por Ravi Shankar.

Abrindo a Mostra, "A Canção da Estrada" traz a visão de Apu criança, em uma pequena aldeia onde a miséria e as dificuldades são grandes. Acompanhado da mãe, da bisavó e da irmã, Apu observa mas não compreende as tristezas da vida a seu redor. O pai, pregador sempre ausente, não consegue dinheiro suficiente para a família, a mãe se entristece, mas o menino não compreende a totalidade das situações. Satyajit Ray mantém-se de certo modo afastado dos personagens, observando-os como quem não sabe por onde olhar, ou como quem procura entender um grande quadro que lhe escapa às referências.

"O Invencível" nos traz um Apu em fase de expsansão: adolescente, vivendo em uma cidade maior, começa a planejar vôos mais altos do que a realidade dura e triste da aldeia permitiria. Mas ao mesmo tempo em que os desejos de Apu o levam além de seus limites, descortinando possibilidades de vida, ele também descobre as perdas que lhe cortam parte do passado. Apu perde o pai e a mãe, e se vê então a sós com um mundo a descobrir e que está, no entanto, vazio de seguranças.

Por fim, a trilogia se encerra com "O Mundo de Apu", em que o espaço aberto do filme anterior se deixa esgotar, enclausurando o   personagem em pequenos espaços da vida adulta. Apu, agora grande, descobre-se novamente pequeno frente às surpresas e tragédias impostas pela vida e pela natureza. Da clausura das poucas possibilidades quando criança, à aparente espansão da juventude, aos cortes da vida adulta: Apu alterna entre espaços e, com ele, aprendemos a olhar para o futuro e para o passado do personagem de formas diferentes.

A história e os dramas de Apu são contados por Satyajit Ray de maneira direta - não há enfeites ou exageros, nem há o sentido de uma grande ação com consequências globais como se costuma ver em filmes de disposições mais comerciais. A vida e as histórias de Apu são de Apu, mas em sua insignificância resta justamente seu contato com o espectador: seus sofrimentos, suas dúvidas e seus anseios são também o de pessoas comuns; indianos, italianos ou brasileiros. Satyajit Ray tira da inspiração no "Ladrões de Bicicleta" de Vittorio de Sica um olhar simples, uma atuação simples e um filme sem rodeios. Direto, natural e frágil como a vida, o modo de contar da trilogia de Apu resulta em uma visão desencantada, mas ao mesmo tempo esperançosa: próximo do espectador, o exótico mundo de uma outra pessoa para estranhamente conversa com a sua própria realidade.


Dia: 30 de maio, domingo à partir das 16 horas.
16h -   A Canção da Estrada (Pather Panchali, 1955), dir. Satyajit Ray, 122 min.
18h15 - O Invencível (Aparajito, 1956), dir. Satyajit Ray, 110 min.
20h30 - O Mundo de Apu (Apur Sansar, 1959), dir. Satyajit Ray, 105 min.
Local: Sala de Espetáculos SESC Londrina
Endereço: Av Fernando de Noronha, 264, Centro-Londrina.
Tel: (43) 3378-7800.
entrada gratis - lugares limitados