Exposição Futebol Arte

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Futebol e História em quadrinhos sempre caminharam próximos! Nos jornais é comum encontrarmos caricaturas e cartuns ilustrando matérias sobre futebol. Muitos quadrinistas são fanáticos por futebol. Na realização de mais uma Copa do Mundo, sempre com o Brasil em destaque, não podíamos deixar de mostrar a Arte da Bola, através da Arte do Traço.
Um grupo de ilustradores da Associação dos Quadrinistas de Londrina formado por Carlos Nascimento, Eloyr Pacheco, Humberto Yashima, Lucas Tanaka, Paulo Kenji, Thadeu Silva, Diego Rafael e Tom Marx mostraram através de sua Arte o Futebol.  Também foi convidado para participar desta mostra o ilustrador paulistano Will.
Se o Futebol está no nosso sangue, nós ilustradores podemos dizer que o Futebol está no nanquim que corre em nossas veias!
 
O Sesc Londrina integrante do Sistema Fecomércio Sesc Senac, convida para a abertura da Exposição Futebol Arte em parceria com a Revistaria Odisséia.
 
Abertura: 1º de junho às 19h30
Local: SESC Londrina - EspaçoArt
Endereço: Rua Fernando de Noronha, n°264. Centro-Londrina
Tel.: (43)3378 7800
O SESC funciona de segunda a sexta-feira, das 8hrs às 22:30 e sábado das 8h às 21:00 (exceto feriados).

*A exposição permanecerá até o dia 12 de julho e faz parte da programação do Projeto Torcida Sesc Copa 2010.
 

Exposição Retratos da África do Sul
Fotógrafo Walter Ney

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A luta é a minha vida. Continuarei a lutar pela liberdade até o fim de meus dias.
                                                                                                                              Nelson Mandela


Faltam poucos dias para a Copa do Mundo 2010. A África do Sul, país sede, está eufórica. Será um evento muito importante para o mundo, mas para os africanos será um grande momento de recuperar o orgulho. Uma ótima oportunidade para mostrar toda a sua cultura, beleza e capacidade de vencer as lutas. Há uma grande expectativa.  
A África do Sul sofreu com um dos mais tristes acontecimentos da história da humanidade que foi o regime de segregação racial, conhecido como apartheid.
Apartheid significa “vidas separadas”.
Este sistema de governo vigorou até o ano de 1990, quando da libertação de Nelson Mandela, preso desde 1964 por lutar contra o regime segregacionista. Em 1994, Mandela assumiu a presidência da África do Sul, tornando-se o primeiro presidente negro do país.
Com estas imagens tento contar um pouco de histórias e testemunhar o cotidiano de africanos da cidade de Joanesburgo, em especial ao bairro de Soweto, local conhecido como foco de resistência na época do apartheid.

walter ney


Abertura: quarta-feira, 2 de junho, às 19:30 horas.
Local: SESC Londrina - Espaço Cultural.
Endereço: R. Fernando de Noronha, 264, Centro - Londrina.
Tel: (43) 3378-7800
O SESC funciona de Segunda à Sexta, das 8h às 22h30 e aos Sábados, das 8h às 21h (exceto feriados).

 * A exposição permanecerá até o dia 11 de julho e faz parte da programação Torcida SESC Copa 2010.

Mostra Satyajit Ray - A Trilogia de Apu

O cinema indiano, marcado por sensibilidades e realismos, deve muito de sua história a Satyajit Ray, cineasta responsável pela Trilogia de Apu: "A Canção da Estrada" (1955), "O Invencível" (1956), e "O Mundo de Apu" (1959). O diretor baseou-se no romance "Aparajito", de Bibhutibhushan Bandopadhyay para contar a história de Apu, personagem que aparece em diferentes fases da vida ao longo dos três filmes, retratado com a beleza e a crueza do estilo inspirado no neo-realismo italiano e na nouvelle vague francesa, acompanhado da trilha sonora original composta por Ravi Shankar.

Abrindo a Mostra, "A Canção da Estrada" traz a visão de Apu criança, em uma pequena aldeia onde a miséria e as dificuldades são grandes. Acompanhado da mãe, da bisavó e da irmã, Apu observa mas não compreende as tristezas da vida a seu redor. O pai, pregador sempre ausente, não consegue dinheiro suficiente para a família, a mãe se entristece, mas o menino não compreende a totalidade das situações. Satyajit Ray mantém-se de certo modo afastado dos personagens, observando-os como quem não sabe por onde olhar, ou como quem procura entender um grande quadro que lhe escapa às referências.

"O Invencível" nos traz um Apu em fase de expsansão: adolescente, vivendo em uma cidade maior, começa a planejar vôos mais altos do que a realidade dura e triste da aldeia permitiria. Mas ao mesmo tempo em que os desejos de Apu o levam além de seus limites, descortinando possibilidades de vida, ele também descobre as perdas que lhe cortam parte do passado. Apu perde o pai e a mãe, e se vê então a sós com um mundo a descobrir e que está, no entanto, vazio de seguranças.

Por fim, a trilogia se encerra com "O Mundo de Apu", em que o espaço aberto do filme anterior se deixa esgotar, enclausurando o   personagem em pequenos espaços da vida adulta. Apu, agora grande, descobre-se novamente pequeno frente às surpresas e tragédias impostas pela vida e pela natureza. Da clausura das poucas possibilidades quando criança, à aparente espansão da juventude, aos cortes da vida adulta: Apu alterna entre espaços e, com ele, aprendemos a olhar para o futuro e para o passado do personagem de formas diferentes.

A história e os dramas de Apu são contados por Satyajit Ray de maneira direta - não há enfeites ou exageros, nem há o sentido de uma grande ação com consequências globais como se costuma ver em filmes de disposições mais comerciais. A vida e as histórias de Apu são de Apu, mas em sua insignificância resta justamente seu contato com o espectador: seus sofrimentos, suas dúvidas e seus anseios são também o de pessoas comuns; indianos, italianos ou brasileiros. Satyajit Ray tira da inspiração no "Ladrões de Bicicleta" de Vittorio de Sica um olhar simples, uma atuação simples e um filme sem rodeios. Direto, natural e frágil como a vida, o modo de contar da trilogia de Apu resulta em uma visão desencantada, mas ao mesmo tempo esperançosa: próximo do espectador, o exótico mundo de uma outra pessoa para estranhamente conversa com a sua própria realidade.


Dia: 30 de maio, domingo à partir das 16 horas.
16h -   A Canção da Estrada (Pather Panchali, 1955), dir. Satyajit Ray, 122 min.
18h15 - O Invencível (Aparajito, 1956), dir. Satyajit Ray, 110 min.
20h30 - O Mundo de Apu (Apur Sansar, 1959), dir. Satyajit Ray, 105 min.
Local: Sala de Espetáculos SESC Londrina
Endereço: Av Fernando de Noronha, 264, Centro-Londrina.
Tel: (43) 3378-7800.
entrada gratis - lugares limitados

"Documentário de Novos Olhares"

Dois olhares e um ponto em comum: a visão do jovem realizador sobre os temas documentais. Da contemplação à motivação subjetiva, "Pastoreio", de Alexandre Garcia, e "Agosto", de Guilherme Artigas e Marc Jacobs, carregam em si as marcas de um olhar que combina o frescor das novas realizações ao desejo de subversão das formas documentais.

Antes da experimentação pura e simples, ou da contestação direta e antagônica, a subversão provocada pelos filmes exibidos no 2° encontro do CineDocumenta mostra o resultado de um processo de compreensão de um documentarismo contemporâneo já marcado pela contestação formal e da aproximação das preocupações particulares e subjetivas em relação ao pensamento sobre o fazer documentário.

Em "Pastoreio", Alexandre Garcia volta o olhar à cidade de Curitiba em busca de um objeto insólito aos olhos de boa parte de sua própria população. A criação de ovelhas no Parque Barigüi e o inusitado trabalho de manutenção dessa criação no meio do centro urbano é o tema abordado através de uma aproximação igualmente insólita. Garcia recusa o tradicional recurso à entrevista e mesmo à informação documental para entregar-se ao trabalho de contemplação do objeto em suas pequenas tarefas cotidianas. Mas a negação da informação não se transforma em observação pura e simples, marca do cinema direto ou observacional tornado tradicional já nos anos 60: sutilmente, o diretor revela o cuidado estético de cada enquadramento e, em especial, o cuidado semântico que pensa cada movimento e sua duração, cada fala e ruído, como parte da construção de uma observação que é parte objeto visto e parte observador imposto. Sem imprimir necessariamente uma marca subjetiva intensa ao produto final, o realizador não se esconde, ao mesmo tempo, sob o olhar objetivo, mas deixa que objeto e discurso de contaminem: o que é visto e a forma de contar o que é visto se misturam.

Um processo semelhante de mistura entre o respeito ao objeto e a recusa em se render ao objetivismo pode ser encontrada em "Agosto", realização de Guilherme Artigas e Marc Jacobs. O histórico confronto entre militares e professores em agosto de 1968 em frente ao Palácio Iguaçu é revisitado sob um viés contemporâneo. Deixando de lado as questões tradicionais sobre fatos, nomes e responsabilidades, os realizadores buscam os personagens envolvidos no confronto na tentativa de refletir sobre o que enxergam como uma simetria de classes peculiar ao confronto. Militares e professores, vistos como classes trabalhadoras em pé de igualdade no que diz respeito às reivindicações e condições de vida, encontram-se em lados opostos no confronto. Como vê hoje esse momento o personagem que estampa as fotos históricas dos jornais da época? Como perceber a sua participação na história de forma pessoal e particular? Preocupações pessoais semelhantes e mesmo laços de família unem professores e militares entrevistados. Na condução da forma do filme, os realizadores evitam a recontação da história, negando-se a mais uma investigação informacional e envolvendo-se na visada subjetiva da história. Aqui, a forma tradicional do documentarismo apoiado em entrevistas e imagens de arquivo se vê transoformada pela carga subjetiva dada pelas escolhas de direção: pequenos e grandes personagens olham para suas imagens não como personagens históricos, mas, assim como ocorre aos próprios realizadores de documentários, como indivíduos carreagados de motivos pessoais e visões particulares sobre suas participações na grande história.

Com um pé na tradição documental e outro nas preocupações do cinema contemporâneo, o conhecimento histórico formado e a leveza das novas proposições se encontram no CineDocumenta, em busca de reflexões sobre o cinema documentário que façam uma operação semelhante à realizada pelos dois filmes selecionados: a mescla entre compreensão histórica e desobediência criativa do documentarismo.


PASTOREIO (2009, 17 min) Alexandre R. Garcia
AGOSTO (2009, 35 min) Guilherme Artigas

Dia: 27 de maio, quinta-feira às 20 horas.
Local: Sala de Espetáculos SESC Londrina.
Endereço: Av Fernando de Noronha, 264, Centro-Londrina.
Tel: (43) 3378-7800.
Entrada grátis - lugares limitados